Educação bilíngüe envolve, pelo menos, duas línguas no contexto educacional.
As diferentes formas de proporcionar uma educação bilíngüe a uma criança em uma escola dependem de decisões político-pedagógicas. Ao optarseem oferecer uma educação bilíngüe, a escola está assumindo uma política lingüística em que duas línguas passarão a co-existir no espaço escolar, além disso, também será definido qual será a primeira língua e qual será a segunda língua, bem como as funções que cada língua irá representar no ambiente escolar.
Pedagogicamente, a escola vai pensar em como estas línguas estarão acessíveis às crianças, além de desenvolver as demais atividades escolares.
As línguas podem estar permeando as atividades escolares ou serem objetos de estudo em horários específicos dependendo da proposta da escola. Isso vai depender de “como”, “onde”, “quando” e “de que forma” as crianças utilizam as línguas na escola.
Esse fator, provavelmente, será influenciado pelas funções que as línguas desempenham fora da escola. No caso do aluno surdo, a educação bilíngüe vai apresentar diferentes contextos dependendo das ações de cada munícipio e de cada estado brasileiro.
Esse fator, provavelmente, será influenciado pelas funções que as línguas desempenham fora da escola. No caso do aluno surdo, a educação bilíngüe vai apresentar diferentes contextos dependendo das ações de cada munícipio e de cada estado brasileiro.
Em alguns estados, há escolas bilíngües para surdos em que a língua de instrução é a língua de sinais e a língua portuguesa é ensinada como 2ª língua.
Em outros estados, Libras é língua de instrução e o português é ensinado como segunda língua nas salas de aula das turmas das séries iniciais do ensino fundamental. Nas demais séries, a língua portuguesa é a língua de instrução, mas há a presença de intérpretes de língua de sinais nas salas de aula e o ensino de língua portuguesa, como segunda língua para os surdos, realiza-se na sala de recursos
Ainda há estados em que os serviços de intérprete de língua de sinais estão presentes desde o início da escolarização.
Nesse contexto, nas séries iniciais, os intérpretes acabam assumindo a função de professores, utilizando a língua de sinais como língua de instrução
Há, ainda, estados em que professores desconhecem libras e a escola nãotem estrutura ou recursos humanos para garantir aos alunos surdos o direito à educação, à comunicação e à informação.
Independentemente do contexto de cada estado, a educação bilíngüe depende da presença de professores bilíngües. Assim, pensar em ensinar uma segunda língua, pressupõe a existência de uma primeira língua. O professor que assumir esta tarefa estará embuído da necessidade de aprender a língua brasileira de sinais
Disponível em:. http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/port_surdos.pdf
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